23 de fevereiro de 2015

Três exemplos e uma fórmula: como parar a Juventus


Três derrotas em jogos oficiais na temporada. Quatro, se incluirmos a derrota nos pênaltis para o Napoli na Supercoppa Italiana. O bom momento serve de impulso para a Juve e assusta, mas a retomada do Dortmund pode ser suficiente para que o time aurinegro consiga largar na frente por uma vaga nas quartas da Champions.

Os 11 gols marcados e as consequentes vitórias sobre Freiburg, Mainz e Stuttgart renovam a alma do BVB. Klopp falou em mudança no psicológico da equipe, Gündogan destacou que só falta arrumar a defesa, Aubameyang rasgou elogios aos companheiros de ataque. A fase é outra, o time é quase o mesmo, e vencer a Juventus é um desejo dentro do nosso alcance, tendo em vista o futebol apresentado nas últimas semanas.

É inevitável retomar as três derrotas da Juve para saber qual é o caminho do BVB. Duas delas, aliás, foram na Champions League. Fora de casa, 1 a 0 para o Atlético de Madrid em outubro passado. Mesmo placar do jogo contra o Olympiakos, também fora de casa – e pela UCL. O terceiro sobrevivente é o Genoa, que venceu outra vez pelo placar mínimo e com a Vecchia Signora longe do seu estádio. Com atuações exemplares, essas equipes podem ajudar muito Jürgen Klopp a eliminar a Juve.

Em 1993, deu Juve na Copa da Uefa; o troco do BVB veio em 1997, com a conquista da Champions
Mais do que os placares apertados, as derrotas da Juventus na temporada trazem características em comum que podem ser úteis ao Dortmund. Se não são a fórmula mágica para a vitória, pelo menos são estratégias que funcionaram contra o time de Massimiliano Allegri.

Sem violência: se o toque de bola do meio-campo da Juve merece respeito, não adianta muito achar que o jeito é parar na porrada. Os três times que superaram os italianos cometeram em média 20 faltas por jogo, levando – cada um deles – dois cartões amarelos. Na Champions, a média de faltas cometidas pelo Dortmund é inferior a dez por jogo, e em seis partidas o time soma apenas três cartões amarelos. Com Gündogan e Sahin de volta a sua melhor forma, parece uma tarefa fácil.

Não é preciso tentar muito: poucos dribles, menos de dez finalizações. Atlético, Olympiakos e Genoa não fizeram nenhum bombardeio em direção à meta de Buffon, e aí mora uma grande esperança do Dortmund. Nos últimos três jogos, a média de finalizações do clube aurinegro foi superior a 18 chutes por partida, o que aumenta ainda mais as chances de vazar a zaga italiana, mesmo jogando fora de casa.

Esqueçam dos milagres: uma pitada de sorte é muito bem-vinda, mas o principal elemento para superar a Juventus é competência. As três equipes que conseguiram superar a campeã italiana tiveram a capacidade de evitar algumas situações previsíveis, como a bola parada. Tendo Pirlo, Pogba e grande elenco do outro lado, é impensável uma Juve nula em campo, mas é possível afastar os riscos. Klopp tem tido problemas com a defesa e a esperança fica por conta do retorno de Hummels; com ele, o setor inteiro melhora.

Time voltou a funcionar, e tem um grande desafio pela frente
É bom que Weidenfeller tenha uma atuação espetacular, a zaga não falhe e o ataque funcione. Melhor ainda se Gündogan balançar as redes de novo, Kagawa enfim mostrar a que veio e Mkhitaryan não destruir as chances criadas. Quem sabe até se Reus aprontar uma das suas, ou até mesmo se o Schmelzer acertar uma cobrança de falta, ou Ramos sair do banco para marcar um gol improvável. O BVB já mostrou ter futebol o suficiente para avançar na Champions, só não pode pensar que o jogo é contra um Augsburg.

Retirado do site da ESPN em 23/02 às 11:16

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